24.6.12

Meras quimeras...


Sinceras as sombras que nos teus olhos se reflectem.
Meras recordações de tempos gastos.
Tempos que como água do rio, sossegaram no mar.
Tempos que como nuvens o vento levou!
E que sobrou? Um tudo de nada, um nada de tudo!
Quimeras, vivências, ensinamentos, experiências de vida, lições!
Tempos que se reencontram em cada olhar, em cada esquina dobrada, em interrogações.
Ilusões, fábulas, histórias, provérbios e pensamentos.
Tudo sombras, de tempos, de ventos que por nós sopraram, de águas que por nós passaram.

1.6.12

Manuela Moura Guedes - Fortuna É (1982)




Manuela Moura Guedes

Fortuna é ter sempre ambições,
Fortuna é um arquivo de emoções.
Ser simplesmente
Código diferente,
Amealhar toda a gente...
Fortuna é um cofre forte de visões,
Fortuna é um banco de memorizações.
Juro presente,
Vale pendente,
Conta corrente de alguém
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o preço, o preço final
Fortuna é monopólio de ilusões,
Fortuna é um cheque de ilustrações.
Ser simplesmente
Código diferente,
Amealhar toda a gente
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o lucro, o lucro final
Fortuna é ter sempre ambições,
Fortuna é um arquivo de emoções.
Juro presente,
Vale pendente,
Conta corrente de alguém
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o preço, o preço final,
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o lucro, o lucro final.