22.9.12

OUTONO (Haiku)

 
 
I
 
Cansadas de serem verdes,
caem ocres,
as folhas.
 
II
 
Partiram as asas,
com o equinócio.
As folhas!
 
 
III
 
Quando pisada no chão,
estala a folha.
Que chora!
 
 
IV
 
 
 Outono sem pudor.
Que desnudas,
a árvore!
 
 
V
 
 
Nua.
Espera a árvore
a primavera.
 
 
VI
 
 
 Chão pintado,
tons pastel.
De folhas.
 
 
VII

Lençois de cor.
Trará a Primavera,
em flor.


22.09.2012
 



28.8.12

Promessa de Amor

Promessa de Amor,
que juras.
Confessas ao vento.
Que amas.
Algo no coração te embala,
e sopra.
Contigo acorda e inspira.

Por montes e vales,
sonhos e mares andou, antes de a ti chegar.
Carregada de emoção,
envolta em ilusão.

Para no fim a ti chegar.
Para no teu coração morar.
 
 

14.8.12

Tu...


Muitas, muitas são as cores,
com que te fazes ouvir.
São fragâncias, odores...
Tão bons são de sentir.

Nos teus gestos, delicadeza.
ondas do mar, fazem lembrar.
Sentimentos com grandeza,
um bater de asas, e voar...

O beijo... Ah!!! Sinfonia...
Orquestra bem afinada!...
O mundo ao redor em folia,
só os anjos dão uma mirada!







Poesia...


Sou tempo,
vento,
luar,
sol,
ondas do mar...
Enquanto poesia, sou tudo e muito mais!!!

8.8.12

Em tempos...

Momentos esquecidos no tempo,
perdidos de mim...
Levados no vento!!!
Foram quantos, foram imensos...
Agora prendo-os!...
Para em mim viverem!!!

24.6.12

Meras quimeras...


Sinceras as sombras que nos teus olhos se reflectem.
Meras recordações de tempos gastos.
Tempos que como água do rio, sossegaram no mar.
Tempos que como nuvens o vento levou!
E que sobrou? Um tudo de nada, um nada de tudo!
Quimeras, vivências, ensinamentos, experiências de vida, lições!
Tempos que se reencontram em cada olhar, em cada esquina dobrada, em interrogações.
Ilusões, fábulas, histórias, provérbios e pensamentos.
Tudo sombras, de tempos, de ventos que por nós sopraram, de águas que por nós passaram.

1.6.12

Manuela Moura Guedes - Fortuna É (1982)




Manuela Moura Guedes

Fortuna é ter sempre ambições,
Fortuna é um arquivo de emoções.
Ser simplesmente
Código diferente,
Amealhar toda a gente...
Fortuna é um cofre forte de visões,
Fortuna é um banco de memorizações.
Juro presente,
Vale pendente,
Conta corrente de alguém
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o preço, o preço final
Fortuna é monopólio de ilusões,
Fortuna é um cheque de ilustrações.
Ser simplesmente
Código diferente,
Amealhar toda a gente
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o lucro, o lucro final
Fortuna é ter sempre ambições,
Fortuna é um arquivo de emoções.
Juro presente,
Vale pendente,
Conta corrente de alguém
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o preço, o preço final,
Que sabe que a vida é um empréstimo banal
E a morte apenas o lucro, o lucro final.

31.5.12

Foram cardos Foram prosas



Manuela Moura Guedes

Há luz sem lume aceso
Mas sem amar o calor
À flor de um fogo preso
À luz do meu claro amor
Há madressilvas aos pés
E águas lavam o rosto
Dedos que tens em rés pés
Oh, meu amante deposto
Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos, foram prosas
Arrancadas do meu solo
Porque tu ainda me queres
O amor que ainda fazemos
Dá-me um sinal se puderes
Sejamos amantes supremos
Será sempre a subir
Ao cimo de ti
Só para te sentir
Será no alto de mim
Que um corpo só
Exalta o seu fim

Variação

Carregar para vender, levantar para comprar!
Bem aviado... A "esbordar"...
A crescer e a minguar, como pôr àgua no vinho!
Mais ou menos abonado...
De catulo!!!
Arrobas e quartilhos,
... quartos e meios, salas cheias!
Almudes de sonhos.
Centos de desilusões...
Alqueires e grosas, duzias a oitavos!
Três quartos e quartos inteiros...
Kilos, litros, atados a molhos...
Três tostões de sabão... Pipas a bardas!
Cartuchos por grosso, quarteirões a retalho!
Resmas, milhares, maços e fardos.
Fardo de vida, a medir, a pesar
Sempre a penar!
Sem tempo para rimar...

29.5.12

Batendo...

Abri-me ao teu bater.
Que estranho bater este...
Que me bate!
Que do passado vem batendo...
De segredos esse bater...
Que em mim transborda...
Que a minha alma desnuda...
Que vem de onde o sol nasce...
De onde a Lua descansa...
E que brilha...
Iluminando-me...
Batendo no meu coração!

28.5.12

Soltas, aladas...


Abrem ferida e de frio magoam;

Brandas, expressivas, afagam o sentir;

Palavras que demoram o tempo,

as levam o vento e aquecem ao ouvir:

Que sossegam no coração ecoando;

Palavras, suspiros e gritos, à porta da alma,

Pétalas ou lâminas

Dor ou amor

Palavras, simples palavras...

3.5.12

Demanda da Ventura - Eugénio de Castro

Com diamantes nos dedos, recostado
num automóvel de faustoso brilho,
subitamente vejo, do meu trilho
pobre casal num ermo desolado.

No portal, p'las videiras sombreado,
descalça mãe dá de mamar ao filho,
e o pai na fresca leira rega o milho,
de barba hirsuta, semi-nu, curvado.

À cata da Ventura, cada artéria
pulsa em mim, e em negríssima miséria
aquela gente aguarda em paz a Morte.

Mas nisto, ao cavador que rega o chão,
vontade tenho de bradar: - "Irmão,
queres trocar comigo a tua sorte?"

29.4.12

NOITE - UNIVERSO, INFINITO, A UNIÃO DO INFINITO

NOITE

Palavra formada pela letra N e pelo numero 8 (oito)

A letra N é o símbolo matemático de infinito.
O 8 deitado também simboliza infinito, ou seja, NOITE significa, A UNÃO DO INFINITO, isto segundo podemos concluir após verificarmos os seguintes casos:

 Português: noite = n + oito
 Inglês: night = n + eight
 Alemão: nacht = n + acht
 Espanhol: noche = n + ocho
 Francês: nuit = n + huit
 Italiano: notte = n + otto

26.4.12

Amar



O quanto Amor reconhecer
num tempo que é distante
um sentir fértil de querer
uma página que é unica
num livro de uma só
que acaba ao virar.
E aí faz sofrer
de tanto amar
doer de procurar
morrer de não encontrar.








Percurso

Ao encontro do nada
percorro os dias
levo comigo a saudade
a alegria
e a tristeza também
embalado em ondas
tendo a lua companhia
deito-me com as marés
com o sol anunciando o dia
caminho que o vento me indica
com a chuva me sacio
com o Amor me embriago
contemplando o silêncio
ouvindo o tempo.

Reflexos

Em cada noite que entra
memorias do que fui
sabores de odores cromáticos
que invadem em mim
em retalhos de vida
arritmicas recordações
desconcertos de sentir
infinitos e perfeitos, desconcertantes!

- Nenufares para o jantar!
...agua fria de cortar!













19.4.12

William Shakspeare

Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém...
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
E ter paciência para que a vida faça o resto...

28.2.12

Momentos de tudo e muito

Que o espanto nasça, e renasça!
Cada madrugada!
Cada imensas!
Uma flor em aroma,
Um gole de poesia!
De seguida o desatino...
Em cada momento de ti!...
---no retrato do sonho!!!
No teu mostrar o Amor!

22.2.12

De querer, querer o infinito!

Como pode uma flor...
As petalas
Em asas transformar!
Como espírito alado.
Querer o infinito!
Infnito de anseios
Que em mim aperto!
De sonhos e esperanças. de futuro!
...de Amor!
De nunca mais ser tarde ou cedo...
De promessas
Timidas emoções...
De nada que é imenso!!...

20.2.12

Para Viver Um Grande Amor - Vinicius de Moraes

...e me faz voar!

Sonanbulo o meu coração caminha
Atrás dos teus olhos, puros, serenos
Ávido de neles naufragar...
De teus mistérios descobrir...
Melodia de carne e coração
É este o meu fado, o meu destino
Ser sombra do teu vento!
Vento que me leva...

18.2.12

Derramarei em ti toda a poesia dos sentidos

Gritará na tua boca a minha língua
Selarei em saliva os teus beijos
Incendiarei o teu corpo
Desfolharei teu ventre
Renascerei em ti
Derramarei em ti toda a poesia dos sentidos
Beberei em todas as vertentes a loucura
Descansando depois na enseada que és...
Enseada do Amor!

KOLME - "Pata na Poça" (Live)

17.2.12

Deixas a flor...

Sempre nos olhos meus...
Deixas a flor...
Roseira que deixas sonhos...
Desenhados por nuvens
Caminhos no céu...
Passam noites, passam dias
Passam luas sem luar
Sempre nos olhos meus...
Deixas a flor...
Que me faz pensar caricias
Que na agonia da espera susurram
Queria beijar-te...
Puxo o lençol de luar para repousar...
Cansado, pouso as palavras!

16.2.12

Vestido de lua...


Por mãos de sonho moldado
Filho de dois sóis ardentes
Feito de vento e pétalas
Venho de longe, do refúgio dos amantes...
Numa embalagem de saudade,
Vestido de lua...
Rei de tronos ilusórios, anuciado com trombetas de amor
Promessas ocultas, em chuva de pensamentos abstractos
Onde em madrugadas de insónias, virgens aguardam...
Que no meu leito de sonho lhes sorva a existência!
Em noites de madrepérola...
em que lhes revelo o mistério...
Das terras de sonho..!!!
Sou sombra a flutuar,
Que fala com o silêncio...!
Onde nuvens mensageiras, se desfazem no ar!
Sobre o enterro dos mitos, com as pedras a chorar
Por fim, cansado, deito-me num lago cheio de luar.

15.2.12

Entorna sobre mim o teu desejo

Com a tua boca sob a minha
Que me apetece como fome
Entorna sobre mim o teu desejo

Com a tua lingua ensina-me o caminho
Da tua fonte, onde eu beber, em espasmos de harmonia e cor!...
Da tua flor, para que a colha, em Amor!..

Sob este lençol transpirado
Falemos então de Amor..
Serenamente...
Deste Amor tão nosso.

14.2.12

Quando me tocas...

Mãos transcendentes
com teclados de dedos
que voam pelo meu corpo
como rémiges de pombas
em voos harmoniosos
em céus abertos
no coração!

8.2.12

Junto ao lago dos nossos sonhos

Tua voz de palavras doces.
Junto ao lago dos nossos sonhos.
Murmurando silêncio...
Teu cabelo aberto à brisa...
Que não sopra! Que flutua no teu cheiro...
Qual pássaro entre minhas mãos de carícias...
Os teus olhos, surpreendidos de silêncio...
A tua boca de lábios sensuais...
Esperando meus beijos.
Na ternura do silêncio!...

3.2.12

The Verve - Bittersweet Symphony

The Verve - Bittersweet Symphony (Glastonbury 2008)

Introspecção III

Contrariando o ritmo, marco o meu.

Balanço que julgo ideal, genial!

Contraponto! Sinfonia intemporal!

Desatinos sob medida! Espontâneos!

Transparências da alma...

Sombras da vida, que pelo coração se escapam.

Manifestos embalados pelo ritmo. No meu ritmo!

Sincopados. Por vezes arritmicos! Intensos!

Assim genialmente existo!

Construindo-me, dia após dia. Balançando-me!

Entre o tudo e o nada!

Subindo descendo, ganhando perdendo, vivendo...

A prender!

Aprendendo, o meu balanço!

Abril 2002

2.2.12

Frémito do meu corpo... Florbela Espanca (1894-1930)

Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te,

Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel.
Estonteante fome, áspera e cruel.
Que nada existe que a mitigue e farte!

E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas...

E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas

Frémito do meu corpo...
Florbela Espanca

INTROSPECÇÃO II

- Dizem os sábios que um dia vos apagareis!
Gritou o pirilampo às estrelas.
As estrelas não responderam.

Com ele, viajando, persigo o tempo...
Fazendo-o acontecer, comemorando-o!
Atrás de mim trago a loucura
A alegria, a desilusão, o Amor também vem!
Juntos viajamos no tempo, a seu tempo!
Exorcisamos todos os tabus e preconceitos
Fazemos cair mitos!
Quebramos dogmas!
Ai de mim que me libertei...!
Caminhante da esperança, até onde estás disposto a ir?
Perseguindo esse perfume... Até ao fim!
Na senda do meu sonho...
Iluminado pela ilusão...
Assim viajo em aforismos de luz...
Assim também eu grito, sem respostas...
Mas grito e continuarei a gritar!
Até ao fim!

Março/Abril 2002
Porto

Que me dá vontade de te ter...

Para bem da minha alma...
O beijo que nunca dei...
Que sei que é bom!
Um beijo teu...
Que o sei de cor...Um beijo teu...
Teu...!!!
Que é nosso! Que é Aquele....!!!
Que me inspira...
O Nosso Amor.....

Que me dá tesão...
Que me dá vontade de te ter...
  • Que me faz bater mais forte...
  • Que te imagina...
    Que te acaricia e beija de longe...
  • Que te vê de cima...
  • De dentro!!!
  • E te penetra!
  • Sempre que te arrepias...
  • E suspiras!
  • E contigo visita-te...
  • Em teu escrever, em teu ser...
  • Nos teus eheheheheh's, nos teus olhos...
  • Na tua essência...
  • Navego!
  • Pairo...!!!


QUERO TE
DESEJO A TI
ADORO TE
RESPEITO TE






  • AMO TE A TI ADORO!

  • 31.1.12

    Introspecção I

    Onde começo e acabo eu?
    Instante breve! À procura do sentido!
    Aconteço antes, ou depois do fim?
    Vá para onde vá, caminho de onde venho.
    Fujo de mim. Contratempo!
    Sou tudo que tive mais o nada que tenho.
    Sou talvez, entre o não e o sim, onde fico por dizer!
    Onde cada dia aconteço!
    Tão intangível! Tão nunca meu!

    Março 2002
    Porto

    30.1.12

    DÉCLARATION, RICHEPIN Jean

    L'amour que je sens, l'amour qui me cuit,
    Ce n'est pas l'amour chaste et platonique,
    Sorbet à la neige avec un biscuit;
    C'est l'amour de chair, cést un plat tonique.

    Ce n'est pas l'amour des blondins pâlots
    Dont le rêve flotte au ciel des estampes
    C'est l'amour qui rit parmi des sanglots
    Et frappe à coups drus l'enclume des temps

    C'est l'amour brûlant comme un feau grégeois
    C'est l'amour féroce et l'amour solide.
    Surtout ce n'est pas l'amour des bourgeois.
    Amour de bourgeois, jardin d'invalide.

    Ce n'est pas non plus l'amour l'amour de roman,
    Faux, prétentieux, avec une glose
    De si, de pourquoi, de mais, de comment.
    C'est l'amour tout simple et pas autre chose.

    C'est l'amour vivant. C'est l'amour humaine
    Je serai sincère et tu seras folle.
    Mon coeur sur ton coeur, ma main dans ta main.
    et cela vaux mieux que leur faríbole

    C'est l'amour puissant. C'est l'amour vermeil.
    Je serai le flot, tu seras la dune.
    Tu seras la terre, et moi le soleil.
    Et cela vaut mieux que leur clair de lune

    LES CARESSES; RICHEPIN, Jean; 1890, Paris, G. CHARPENTIER...

    27.1.12

    O meu jardim

    Vivo em torno de eixos cósmicos
    Sobre abruptos abismos
    Por onde o silêncio sai
    E a noite vive
    Sob um raio de sol centrípeto
    E uma locomotriz vontade de sonhar
    Tenho um jardim por duendes e dragões povoado
    Azul, é a cor dos meus sonhos
    Um só azul, de mar e céu
    Sonhos em que o céu mergulha no mar
    E em que o mar sobe ao céu
    E há sonhos que não sonhei...
    Há caricias que não te fiz...
    Há beijos que te imaginam!!!

    Federico García Lorca - ROMANCE DE LA LUNA, LUNA - Voz y montaje musical...

    26.1.12

    Onde a ilusão é uma vida inteira!

    Na sombra, na solidão...
    No silêncio da noite
    Calada!
    Onde tudo é nada
    Onde tudo se desfaz
    E se refunde no nada
    Entre um turbilhão de sombras
    Onde a ilusão é uma vida inteira!
    Corro... Corro até encontrar o vento
    Qual vela que tem sede
    Da força movedora da sua atitude
    Que rasga os ares com fragâncias
    Oriundas do teu corpo
    Alterando um mundo passado
    Criando um novo, feito de Ti!

    25.1.12

    Sonha a noite

    Na praia lunar sonha a noite!
    Teu corpo nu, sorri à lua cheia...
    Com teus lábios pintas caricias no meu corpo...
    Recordando que sou tão só para o teu dia,  noite!
    Lábio a lábio, cabelos, um a um...
    Ouvindo o teu coração, que num palpitar tremendo, sabia à tua boca...
    A quinta essência de Deus, tão amena...
    Quinta essência, deste pecado!
    Desta vontade de me saciar em teu corpo!
    De serenar esta vontade ardente!
    Insaciado de ti, do teu sorriso tão beijado...
    Que encerra sonho, um mundo verdadeiro, do meu sonho, delicia...

    Leve, a pele! É pena!

    • A "coisa" mais triste do mundo
    • É termos pena de nós mesmos
    • É ter poemas esquecidos
    • na vida!
    • É ter mãos atadas num corpo
    • quente!
    • É ter um corpo e não ter
    • alma!
    • È ter o tempo a morder os calcanhares
    • e não andar!
    • É não viver o carnaval!
    • Que é todo o ano festa para a alma!
    • É uma pele proíbida!!
    • É uma pele, é uma pena!

    24.1.12

    Em noites escuras...

    Sou sombra a flutuar... Fugindo ao vento!
    Que fala com o silêncio...! Em noites escuras...
    Onde nuvens mensageiras, se desfazem no ar!
    Sobre o enterro de mitos, só com as pedras a chorar
    Rasgo o mistério das mentes moribundas
    Quais serpentes venenosas que mordem! Em noites escuras...
    Apagando o amanhã! Destruindo a ternura...
    Varro as sepulturas, apago a ideia da morte!
    Escalo a montanha inacessível!
    Da minha alma...
    Ternura, muita ternura me vem
    Por fim, cansado, deito-me num lago cheio de luar
    Onde agarro o infinito com as mãos!
    Que ninguém me procure...
    Porque sou sombra! Sombra do teu sorriso vasto!

    23.1.12

    Deleite...

    Na alma de que se é, a que resiste

    Das amarguras, a vivida, as alegrias sofridas

    Rebeldia inata, In concebida.

    Um ganhar perdendo…

    Um morrer In tenso de vida.

    Libertina!

    Sombras da alma, alegrias…

    Poemas vividos, a amar…

    A doer vividos! A frio…

    Uma chuva morna em suado corpo

    Que sabe a que molha, e não molha…

    Feromonas de Amor, em deleite…!

    A fazer um plano no ar…!

    Rolando numa onda enroladas...!

    LA DÉCADANSE - JANE BIRKIN & SERGE GAINSBOURG - (1971)

    De te fazer inocência em pecado de mulher.

    Qual raiz, espalho-me para ti
    Num lento correr
    Abraço a vida que deixaste adormecida
    Sinto o vértice do Amor
    Curvo-o...
    Até encontrar a tua boca
    Que me sabe a princípio..
    E onde esqueço o pensamento..! E a razão...
    Que me tanto faz sofer quando te vais...

    Fico a ouvir a chuva bater horas, no chão, lá fora...
    Quebrando o silêncio...
    Este silêncio de ti...
    Esta vontade intensa, de te vestir assim nua...
    Tão forte e apetecido querer
    De te fazer inocência em pecado de mulher.

    21.1.12

    Anna & Pat Metheny - This is not America

    mr ("amor"),[ mry ("amada")... Maria

    Estrela, Diamante, Princesa, Perola
    Procurei-te sempre, sem te encontrar nunca...
    Cruzei rios e oceanos em barco indeléveis de espuma!
    Alma de quem ama e sofre e não se cansa...
    Ventos que teimaram na erosão duma procura desgastada!
    Por ti vivo, e sem ti viver não quero...
    Quero gastar-me a'mar-te!
    Sem esperar pelo tempo, que já lá vai!
    Não há tempo que vem, há tempo que foi!
    E o que ainda não foi, terá ido brevemente!
    Miragem, Rubi, Quimera, Esmeralda
    Contigo acordado sonho
    Acorda-me a cada manhã
    E ao amanhecer não vás!
    Não me faças saudade mais
    Flor, topázio,sonho meu...
    Vejo-te, revejo-te e desejo-te

    19.1.12

    Jane Birkin - Quoi

    Içar as velas,a ventos de fantasia...

    Nas sombras dos dias
    Em que te madrugo e me deito
    Que até o fim é princípio,
    Que o princípio é o fim...
    Voragem onde os sonhos se consomem..
    No vasto mar do meu sonhar...
    Nos sonhos em que te sinto! De que não quero acordar!
    Doce sofrer, doce sentir, este sentir que é o meu!
    Nesta espera que o tempo devolva o tempo...
    Para então plantar um beijo em cada angústia
    Onde semeio sementes de nada...
    Neste tempo em que não vivo, ou que te vivo morrendo...
    Nesta fonte de sentidos, em  que me sacio...
    Na água duma sede...

    Je T'Aime....Moi Non Plus -- Jane Birkin & Serge Gainsbourg (in HD)

    18.1.12

    Nice Hindi

    Frio...

    A conjugação do ser e do querer...
    Preenche a linha da vida!
    Alicerçando o futuro!
    Que pode ruir!
    Errante, na confusão...
    Que perturba!
    Em cada instante, buscando um sentido...
    Que me assombra!
    Um frio de morte percorre-me as veias...
    Olho o vazio e farejo motivos...
    Que não vejo. mas existem!
    Levito entre desfiladeiros!
    Ensanguentando as ideias retorcidas.
    Pelo peso do desalento...
    Sinto perder a razão de mim...
    Sinto o pesadelo, que me cega...
    Passo a passo, esquina a esquina.

    14.01.2012
    05h40m
    Na minha cidade,
    está frio!
    Não me lembro de tanto frio...!

    17.1.12

    Limbo

    Encontro voz na pele
    no teu corpo exaltado
    sedento de amor
    onde as tuas mãos levam as minhas
    em que a tua boca me bebe
    me fala de sentido
    de sentir
    num palco de seduções
    por ti alienado
    onde escondo os meus segredos
    em forma de semente
    num limbo onde se esconde o amor
    onde o desejo cresce
    e efervesce
    Ahhh!!!! Que bom ter-te, em ti viver!

    Um recado que estou louco por contar

    Trago um recado
    de mãos de dadas
    de abraços
    de carinhos
    um recado que estou louco por contar
    excitado por estar vivo
    e de poder voar
    nas asas dos teus sonhos
    no teu sorriso
    onde reencontro a luz, no teu poente
    no meu
    luz que me aprisiona, no medo de te perder
    na luz do fim do dia
    quando te entrego o recado
    que louco transportei todo o dia
    ... - Amo-te! E quero Amar-te até ao fim dos meus dias!

    Carminho- Escrevi Teu Nome no Vento

    15.1.12

    Eu


    A Verdade procurei. Procurei por onde pude.
    Confundi-me nas introspecções, nas falsas questões.
    Um dia, separei a luz das trevas. Encontrei-me. Vi o meu eu. Não era o que supunha ser.
    Impávido, como que adormecido, esperava-me, esperava que o encontrasse.
    Nesse reencontro comigo, cresci, num instante ganhei a vida, a minha vida.
    Hoje visito-me, entendendo e entendendo-me, bebendo da minha fonte.
    Anos perdidos na minha duvida, de ser eu. Da minha realidade,da minha eternidade.
    Olho o infinito, eternizando-me. E comigo, todos os instantes vividos.
    Até um dia em que serei eu o infinito.

    14.1.12

    Amor profundo

    Sou feito de Amor
    e nasci de Amor puro, imaculado

    nas minhas veias corre Amor
    Amor profundo

    o meu corpo irradia Amor
    puro
    imaculado
    amamentado a Amor

    os meus braços de abraços
    vivem

    vivo-te, Amo-te!

    Amor desejado

    Amor sofrido
    feroz
    diluindo-se
    no fogo
    lento da renúncia.

    Nem uma voz
    povoa
    os olhos ácidos
    inchados
    doridos
    de doer.

    Só o teu sorriso
    resumido
    e sem mácula
    por tanta solidão
    e Amor desejado.

    Eu em ti e tu em mim

    Senti-te, e no entanto não te senti
    Não te sinto e  no entanto sinto-te
    Nunca te senti e ainda te sinto
    Pois o teu sentir é o sentir com que te senti.

    Pois o meu eu és tu, e tu és eu,
    e eu sou tu. Somos nós.
    Pensas tu em mim, penso em ti eu
    Sentes em mim, sinto-te em ti.

    Semelhantes, eu em ti e tu em mim!

    12.1.12

    Possivel(mente)...






     Inspiração, estado da alma. Semente da mente.

     Triste, apaixonado, soturno, feliz! Revoltado, arrebatado!                           Demente!

     Razões que só a alma sente.                                                                          Razoavelmente!

    Nuances da psico, soltas.                                                                               Repentinamente!

    Mente a mente, com verdades e não!                                                   Verdadeiramente!

    Serpentinas do inconsciente!                                                                   Sub-repticiamente!

    Lufadas dementes, de mentes!                                                                       Sofregamente!

    Que pensam, que sonham, que extravasam.                                           Electricamente!

    Somente, só mente! A mente só!                                                                   Isoladamente!

    Deleites da memória. Consciente!                                                                   Alegremente!

    Charadas, parábolas, metáforas, e outras retóricas!

    Travessuras dementes, somente!

    Racionalmente escrito em pseudo estado de demência, atribuido a um conflito psíquico entre o autor e a sua mente!