Filho de dois sóis ardentes
Feito de vento e pétalas
Venho de longe, do refúgio dos amantes...
Numa embalagem de saudade,
Vestido de lua...
Rei de tronos ilusórios, anuciado com trombetas de amor
Promessas ocultas, em chuva de pensamentos abstractos
Onde em madrugadas de insónias, virgens aguardam...
Que no meu leito de sonho lhes sorva a existência!
Em noites de madrepérola...
em que lhes revelo o mistério...
Das terras de sonho..!!!
Sou sombra a flutuar,
Que fala com o silêncio...!
Onde nuvens mensageiras, se desfazem no ar!
Sobre o enterro dos mitos, com as pedras a chorar
Por fim, cansado, deito-me num lago cheio de luar.