23.1.12

De te fazer inocência em pecado de mulher.

Qual raiz, espalho-me para ti
Num lento correr
Abraço a vida que deixaste adormecida
Sinto o vértice do Amor
Curvo-o...
Até encontrar a tua boca
Que me sabe a princípio..
E onde esqueço o pensamento..! E a razão...
Que me tanto faz sofer quando te vais...

Fico a ouvir a chuva bater horas, no chão, lá fora...
Quebrando o silêncio...
Este silêncio de ti...
Esta vontade intensa, de te vestir assim nua...
Tão forte e apetecido querer
De te fazer inocência em pecado de mulher.